Natalia Viana

Natalia Viana é jornalista investigativa independente.

Tem coordenado com a imprensa nacional a publicação dos documentos publicados pelo WikiLeaks referentes ao Brasil – os telegramas secretos das embaixadas –  e produzido  reportagens independentes para o site da organização.

Começou como repórter da Caros Amigos e em 2005 recebeu menção honrosa no prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos por uma reportagem publicada na revista. Em 2007 lançou seu primeiro livro-reportagem Plantados no Chão pela Conrad Editora, uma denúncia dos assassinatos políticos no Brasil entre os anos de 2003 e 2006.

Fez mestrado em rádiojornalismo no Goldsmiths College, na University of London, e nessa época foi correspondente da Bandnews. Desde então colabora com organizações de jornalismo investigativo como o Center for Investigative Journalism de Londres e o Center for Investigative Reporting em Berkeley, nos EUA, e com veículos internacionais como Independent, The Sunday Times e Guardian.

No Brasil, colabora com o site Opera Mundi e finaliza um livro sobre o jornal Movimento, de resistência à ditadura, ao lado dos jornalistas Marina Amaral e Carlos Azevedo.

33 Respostas para “Natalia Viana

  1. Yolanda Moretto

    Oi, Natalia

    Sou estudante de jornalismo da faculdade Cásper Líbero e estou fazendo uma matéria sobre o Wikileaks para a revista Esquinas (issuu.com/esquinas). Gostaria de saber se é possível marcar uma entrevista com você.

    Obrigada

  2. Yolanda Moretto

    Oi, Natália.

    Sou estudante de jornalismo da faculdade Cásper Líbero e estou fazendo uma matéria sobre o Wikileaks para a revista Esquinas (http://issuu.com/esquinas). Gostaria de saber se é possível fazer uma entrevista com você.

    Obrigada,
    Yolanda Moretto

  3. joão thomas luchsinger

    Prezada Natália – Parabéns pelo excelente trabalho.
    Num dos documentos existe menção ao apoio do então candidato à mudança de regras da exploração do pré-sal, que desagradaram as petroleiras americanas.
    Existe alguma referência a apoio financeiro a campanhas políticas no Brasil?

  4. Olá Natália, sou correspondente da agencia de noticias AP em Brasília e gostaria se for possivel te fazer algumas perguntas sobre a parceria com Wikileaks. Posso te ligar o enviar um email?
    Obrigado,
    Marco Sibaja

  5. gostaria de saber se são apenas essas 27 as perguntas enviadas
    à entrevista de Assange que não chegaram a ser respondidas por ele.
    Enviei perguntas que não foram respondidas por assenge ou natália.
    qual o endereço para acessar a todas as respostas de natália?
    obrigado

    • Olá:
      Gostaria de parabenizar a Natália e parceiros pela iniciativa. No que pudermos auxiliar, colocamo-nos à disposição. No endereço http://www.ufo.com.br/documentos/ estão mais de 5.000 páginas de documentos relativos aos UFOs (OVNIs) dentro do espaço áereo brasileiro, liberados pela Aeronáutica graças ao esforço da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e Revista Brasileira de Ufologia, que desde o final dos anos 90 têm batalhado neste sentido de liberdade de informações e direito da sociedade em saber de certas verdades sonegadas.

      Sem dúvida, seria de extremo interesse e valor a detecção de documentos diplomáticos com relação ao tema no Cablegate do WikiLeaks.

      Saudações e à disposição;

      Paulo R. Poian.
      Coordenação Portal da Ufologia Brasileira http://www.ufo.com.br
      Consultor da Revista UFO Brasil http://www.ufo.com.br
      Blog: http://www.ufo.com.br/blog/paulopoian

  6. Querida NATALIA, “O WIKILEAKS SE TORNOU UMA FERRAMENTA IMPORTANTE”, em FAVOR DA VERDADE E CONTRA A IMPUNIDADE NO MUNDO. Nessa “ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL FOI UMA VERGONHA”, porque “A MIDIA CLARAMENTE ESCOLHEU UM LADO”, e o que”PODERIA SER UMA ATITUDE ADMIRAVEL DA DEMOCRACIA”, se “TORNOU UM ASSASSINATO À ETICA JORNALISTICA DE LEVAR A VERDADE DOA A QUEM DOER, JA QUE ‘SE NÃO HOUVE INVENÇÃO DE NOTICIA, HOUVE OMISSÃO DE ALGUMA DELAS”. A carta capital Natalia, SAIU FORTALECIDA, pois foi a UNICA GRANDE MIDIA PAULISTANA QUE POSTOU “O CASO DA FILHA DO SERRA, QUE TERIA QUEBRADO SIGILO FISCAL DE MAIS de 60 MILHÕES DE BRASILEIROS. A grande midia BRASILEIRA QUEBROU A CARA, porque FICOU PROCURANDO DOCUMENTOS PARA INCRIMINAR MEMBROS DA ESQUERDA BRASILEIRA, “NUMA MANISFETAÇÃO CLARA DE QUE NÃO SE CONFORMA COM O DESEJO DO POVO, E O SEPUTAMENTO DEFINITIVO DO MODELO SEGREGADOR DA DITADURA BRASILEIRA DA QUAL ELA MIDIA BRASILEIRA TANTO SE BENEFICIOU”. Então NATALIA, “PASSADA A ELEIÇÃO”, será que NÃO SERIA A HORA, do POVO TER CONHECIMENTO, de quem SÃO ALGUNS POLITICOS BRASILEIROS que SEMPRE FORAM PROTEGIDOS PELA GRANDE MIDIA BRASILEIRA? Por exemplo: O JORNALISTA SEBASTIÃO NERY, CERTA VEZ TROUXE À TONA “UMA DENUNCIA DE UM ACORDO DO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO COM OS ‘ESTADOS-UNIDENSES’, DA FORD E DA CIA”, NA EPOCA DA DITADURA. Será que isso explicaria O PORQUÊ O FERNANDO HENRIQUE CARDOSO PRIVATIZOU METADE DO BRASIL, À PREÇOS INSIGNIFICANTES? Peço que o WIKILEAKS “AJUDE NÓS BRASILEIROS A ENTENDER ESTE PROCESSO”, JA QUE “A MIDIA BRASILEIRA NÃO SE IMPORTA COM ISSO”. Um abraço

  7. Cesar Cusatis

    Natália, qual a explicação para a óbvia ausência de documentos vazados sobre Israel?

  8. Parabens Natalia pela entrevista com Assange ! Isso e uma boa iniciativa.

  9. Natalia : É possível para mim para traduzir para o espanhol, a entrevista com Julian Assange e publicá-lo no meu blog http://www.literatura e da juventude. blogspot. com? Graças. Cumprimentos de Santiago do Chile.
    Marcela Muñoz Molina

  10. Augusto Freitas de Sousa

    Cara Natália:
    Sou jornalistam, português em Lisboa e necessitava de falar consigo com urgência. Se puder enviar-me um mail agradeço. Abraço

  11. henriquedaniel

    Olá Natalia
    Trabalho com SEO adorei o seu trabalho.
    Se você quiser ajuda na parte de SEO entre em contato.
    OBS: Não cobraria nada para te ajudar.

  12. Seu Blog é excelente, suas matérias são muito interessantes, originais e que nos fazem refletir muito. De alguma forma, no que estiver ao meu alcance eu quero ajudar, divulgando as informações do WIKILEAKS, por considerar sim, que esse debate é um marco tanto para a Internet, quanto para o jornalismo. Parabéns por sua atuação.
    http://blogdomariomello.blogspot.com

  13. Luiz Carlos Fabbri

    Prezada Natália,

    Gostaria que você comentasse a alegação do Prof. Boaventura, no site da Carta Maior, em 12/12/2010, de que Assnge teria feito um acordo com Israel, para não publicar informação sigilosa sobre aquele país. Nas palavras do professor:

    “Ainda no domínio do processamento do conhecimento, será cada vez mais crucial fazermos o que chamo uma sociologia das ausências: o que não é divulgado quando aparentemente tudo é divulgado. Por exemplo, resulta muito estranho que Israel, um dos países que mais poderia temer as revelações devido às atrocidades que tem cometido contra o povo palestiniano, esteja tão ausente dos documentos confidenciais. Há a suspeita fundada de que foram eliminados por acordo entre Israel e Julian Assange. Isto significa que vamos precisar de uma Wikileaks alternativa ainda mais transparente. Talvez já esteja em curso a sua criação.”

    Acho que, de qualquer modo, Acho que os indícios apontados pelo Prof. Boaventura deveriam ser apurados. O povo palestino e o mundo árabe, suas forças progressistas, ficariam agradecidos se viessem à luz as maquinações dos EUA, que muitas vezes ocorreram contra a opinião de seus embaixadores no Oriente Médio. A caixa preta pode revelar os antecedentes de um resultado bastante conhecido: um massacre ao longo da história recente, que provocou e continua provocando, em destruição, perdas em vidas humanas, crueldade e desrespeito de lei internacional, algo bastante similar aos crimes cometidos na ex-Iugoslávia, com as consequências que aí se conhecem.

    Abraço
    Fabbri

  14. Natáliva, veja minha resposta ao texto do Demétrio Magnoli.

    Olá, Demétro Magnoli.
    Li o seu texto cujo título se chama Herói sem nenhum caráter. Coloco, abaixo algumas observações:
    Lamentável um sociólogo da Usp ser tão reacionário e ultrapassado quanto você, Demétrio. Aquela sua coluna no Estadão – Herói sem nenhum caráter – mostra seus preconceitos contra a figura do Presidente Lula e contra o que ele representa. Aliás, não só você como Reinaldo de Azevedo, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor, Bolívar Lamounier entre outros. Vocês, como todo mundo sabe, são pagos para serem cabos eleitorais do PSDB. É legítimo, cada um tem um propósito.
    Você, também, não conseguiu demonstrar as ameaças sobre a liberdade de imprensa que o Lula, supostamente, faz. Não houve nenhuma medida concreta neste sentido. A censura que foi feita ao Estadão – e nisso eu concordo – foi o Poder Judiciário quem fez, não o Presidente Lula. O próprio Estadão, em um ato claro de censura, demitiu a jornalista
    Maria Rita Kehl por delito de opinião, quando publicou uma posição contrária a dos Mesquitas.
    Voltando ao texto, percebi, também, o quanto você ficou incomodado com o sucesso e a repercussão da blogosfera. Pode falar que ela é chapa-branca, aliás, tem o direito. Mas saiba que a blogosfera não é remunerada pelo PT, como afirmou José Serra, nem tampouco tem vinculação com o governo. Vamos admitir, Demétrio, a briga é desproporcional. Vocês, que representam o PSDB, possuem o espaço do Estadão, Veja, Folha, Globo e tantos outros. E detalhe: você fala tanto em democracia mas escreve em um jornal que apoiou a ditadura – não é irônico? Também é bem oportuno observar que, logo no início do seu editorial, você afirma o seguinte: “Lula jamais protestou contra o monopólio da imprensa pelo governo cubano e nunca deu um passo à frente para pedir pelo direito à expressão dos dissidentes no Irã.” Ora, você sabe muito bem que aqui no Brasil há um monopólio patente dos meios de comunicação. Os Frias, Civitas, Mesquitas os Marinhos e tantos outros são proprietários da informação. Isto ninguém discute. Por que será, não? Em outra parte você afirma:
    “Cinco grandes jornais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel) emprestaram suas etiquetas e sua credibilidade à mais recente série de vazamentos.”Por que você omite a parceria que a Folha e a Globo estão fazendo com o WikiLeaks aqui no Brasil? Além disso, o próprio Estadão está fazendo a cobertura sobre os vazamentos do site de Juliam Assange. Indiretamente você critica o Estadão pela cobertura. Como isso não é jornalismo? A própria BBC, que é um meio de comunicação de credibilidade, está fazendo a cobertura dos documentos do WikiLeaks. Há, portanto, uma extrema relevância no material que está sendo divulgado pelo WikiLeaks, só você não consegue ver isso. O WikiLeaks, também, possui uma equipe de jornalistas que fazem uma triagem do que deve ser divulgado. O WikiLeaks tem o cuidado de não divulgar nome de pessoas que possam sofrer algum tipo de risco.

    Você parece um porta-voz oficial do Estados Unidos – é impressionante! Aliás, quem é você para definir o que é sigiloso e de interesse público? Demétrio, não seja ingênuo, esta alegação que as autoridades do mundo inteiro fazem sobre o aspecto confidencial de seus documentos e acordos, além da “suposta” segurança nacional de Estado, são, na verdade, ferramentas para defender seus interesses ilegítimos.O vídeo que o Wikileaks divulgou, por exemplo, mostrando ataques que uma aeronave norte-americana fez, matando jornalistas da Reuters na Guerra do Iraque – isto para você também não é relevante? E os documentos que o Wikileaks divulgou sobre a guerra do Iraque, mostrando as atrocidades dos oito anos de guerra e o alto número de civis mortos, tortura de prisioneiros entre tantas outras coisas? Isto, também, não é relevante? Ah, claro, não é interessante para eles, os governantes, que sejam divulgadas as suas atitudes nos bastidores.

    Infelizmente você não entendeu o fenômeno do Wikileaks. O Wikileaks mostrou que as informações que foram divulgadas são de interesse público, sim. Os lobbys que são feitos entre políticos e empresários, as informações sobre a guerra do Iraque e do Afeganistão são de extrema relevância. Não é interessante saber que o então candidato José Serra afirmava para empresários de petrolíferas americanas que manteria o esquema de concessão ao invés do modelo novo de partilha? Isto demonstra que o José Serra estava de acordo com os interesses norte-americanos. Enfim, poderia dar exemplos aqui de inúmeros casos, mas o que está claro é que a sociedade cobra transparência de seus governantes e agora com estas revelações do Wikileaks, o conceito de sigilo, interesse público e segurança nacional passaram a ser questionáveis. Afinal, qual documento pode ser sigiloso?

    O que, de fato, pode ser considerado segurança nacional? A sociedade exige transparência de seus governantes e o Wikileaks veio para atender, em parte, esta demanda que emerge em pleno século XXI. É um passo importante.

    Atenciosamente,
    Cristiano.

    • Cristiano, obrigada pela sua colacoração – acho muito importante discutir essas questões colocada pelo Demétrio, mesmo porque obviamente não concordo em nada com elas. Tenho pensado em um texto que me parece fundamental, sobre a televância pública desses documentos, mas acho que vai ficar para o próximo ano. Um abraço e feliz Natal!

      Natalia Viana

  15. Natália, olha o absurdo que foi escrito na coluna de um sociólogo.
    Herói sem nenhum caráter
    23 de dezembro de 2010 | 0h 00
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    DEMÉTRIO MAGNOLI – O Estado de S.Paulo
    Lula jamais protestou contra o monopólio da imprensa pelo governo cubano e nunca deu um passo à frente para pedir pelo direito à expressão dos dissidentes no Irã. Ele sempre ofereceu respaldo aos arautos da ideia de cerceamento da liberdade de imprensa no Brasil. Mas é incondicional quando se trata de Julian Assange: “Vamos protestar contra aqueles que censuraram o WikiLeaks. Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta.”

    Assange é um estranho herói. No Brasil, o chefe do WikiLeaks converteu-se em ícone da turba de militantes fanáticos do “controle social da mídia” e de blogueiros chapa-branca, que operam como porta-vozes informais de Franklin Martins, o ministro da Verdade Oficial. Até mesmo os governos de Cuba e da Venezuela ensaiaram incensá-lo, antes de emergirem mensagens que os constrangem. Por que os inimigos da imprensa independente adotaram Assange como um dos seus?

    A resposta tem duas partes. A primeira: o WikiLeaks não é imprensa – e, num sentido crucial, representa o avesso do jornalismo.

    O WikiLeaks publica – ou ameaça publicar, o que dá no mesmo – tudo que cai nas suas mãos. Assange pretende atingir aquilo que julga serem “poderes malignos”. No caso de tais alvos, selecionados segundo critérios ideológicos pessoais, não reconhece nenhum direito à confidencialidade. Cinco grandes jornais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel) emprestaram suas etiquetas e sua credibilidade à mais recente série de vazamentos. Nesse episódio, que é diferente dos documentos sobre a guerra no Afeganistão, os cinco veículos rompem um princípio venerável do jornalismo.

    A imprensa não publica tudo o que obtém. O jornalismo reconhece o direito à confidencialidade no intercâmbio normal de análises que circulam nas agências de Estado, nas instituições públicas e nas empresas.

    A ruptura do princípio constitui exceção, regulada pelo critério do interesse público. Os “Papéis do Pentágono” só foram expostos, em 1971, porque evidenciavam que o governo americano ludibriava sistematicamente a opinião pública, ao fornecer informações falsas sobre o envolvimento militar na Indochina. A mentira, a violação da legalidade, a corrupção não estão cobertas pelo direito à confidencialidade.

    Interesse público é um conceito irredutível à noção vulgar de curiosidade pública. Na imensa massa dos vazamentos mais recentes, não há novidades verdadeiras. De fato, não existem notícias – exceto, claro, o escândalo que é o próprio vazamento. A leitura de uma mensagem na qual um diplomata descreve traços do caráter de um estadista pode satisfazer a nossa curiosidade, mas não atende ao critério do interesse público. O jornalismo reconhece na confidencialidade um direito democrático – isto é, um interesse público. O WikiLeaks confunde o interesse público com a vontade de Assange porque não se enxerga como participante do jogo democrático. É apenas natural que tenha conquistado tantos admiradores entre os detratores da democracia.

    Há, porém, algo mais que uma afinidade ideológica, de resto precária. A segunda parte da resposta: os inimigos da liberdade de imprensa torcem pelo esmagamento do WikiLeaks por uma ofensiva ilegal de Washington.

    No Irã, na China ou em Cuba, um Assange sortudo passaria o resto de seus dias num cárcere. Nos EUA, não há leis que permitam condená-lo. As leis americanas sobre espionagem aplicam-se, talvez, ao soldado Bradley Manning, um técnico de informática, suposto agente original dos vazamentos. Não se aplicam ao veículo que decidiu publicá-los. A democracia é assim: na sua fragilidade aparente encontra-se a fonte de sua força.

    O governo Obama estará traindo a democracia se sucumbir à tentação de perseguir Assange por meios ilegais. O WikiLeaks foi abandonado pelos parceiros que asseguravam suas operações na internet. Amazon, Visa, PayPal, Mastercard e American Express tomaram decisões empresariais legítimas ou cederam a pressões de Washington? A promotoria sueca solicita a extradição de Assange para responder a acusações de crimes sexuais. O sistema judiciário da Suécia age segundo as leis do país ou se rebaixa à condição de sucursal da vontade de Washington? Certo número de antiamericanos incorrigíveis asseguram que, nos dois casos, a segunda hipótese é verdadeira. Como de costume, eles não têm indícios materiais para sustentar a acusação. Se estiverem certos, um escândalo devastador, de largas implicações, deixará na sombra toda a coleção de insignificantes revelações do WikiLeaks.

    A bandeira da liberdade nunca é desmoralizada pelos que a desprezam, mas apenas pelos que juraram respeitá-la. Assange não representa a liberdade de imprensa ou de expressão, mas unicamente uma heresia anárquica da pós-modernidade. Contudo, nenhuma democracia tem o direito de violar a lei para destruir tal heresia. A mesma ferramenta que hoje calaria uma figura sem princípios servirá, amanhã, para suprimir a liberdade de expor novos Guantánamos e Abu Ghraibs.

    “Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta.” Lula não teve essa ideia quando Hugo Chávez fechou a RCTV, nem quando os Castro negaram visto de viagem à blogueira Yoani Sánchez que lançaria seu livro no Brasil. Não a teve quando José Sarney usou suas conexões privilegiadas no Judiciário para intimidar Alcinéa Cavalcante, uma blogueira do Amapá, ou para obter uma ordem de censura contra O Estado de S. Paulo. Ele quase não disfarça o desejo de presenciar uma ofensiva ilegal dos EUA contra o WikiLeaks. Sob o seu ponto de vista, isso provaria que todos são iguais – e que os inimigos da liberdade de imprensa estão certos.

    Alguém notou um sorriso furtivo, o tom de escárnio com que o presidente pronunciou as palavras “total e absoluta”?

  16. Natália, vc está no twitter? Se sim, avise qual é, ok?

  17. Olá Natália,

    Li no seu blog que vocês estão a procura de veículos para ajudar na verificação e propagação do WikiLeaks.

    Eu trabalho no Portal POP e gostaríamos muito de ajudar vocês. Desde já, coloco nossa redação ao seu dispor.

    De qualquer jeito, aproveito para parabenizar pelo trabalho. É bom ver alguém fazendo jus ao juramento na colação de grau.

    Grande abraço!

  18. Olá!

    Tenho uma proposta para seu blog que acredito ser relevante para você.

    Caso haja interesse, entre em contato!

    Atenciosamente,
    Cristiano

  19. Carlos Vieira

    Natália, o site tem alguma associação com a Carta Capital?

  20. Oi, Natalia.
    Interesso-me muito pelos assuntos os quais envolvem o Wikileaks.
    Ofereço meu apoio no que for necessário à tradução de artigos.
    Parabéns por seu trabalho.
    Abraços.

  21. Moises dos Santos Viana

    Oi Natalia, sou Jornalista e professor da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Faço parte do Grupo de Pesquisa Resiliência e Educação da Universidade do Sudoeste da Bahia – UESB. Estamos organizando o II Congresso de Direitos Humanos em Itapetinga-BA. Gostaríamos de fazer um convite para participar de nosso evento. Aguardo seu contato. Abraço!

    moisés dos santos viana
    http://lattes.cnpq.br/1940914210391451

  22. para o uso que desejar fazer escrito, semente, que hoje plantei e o jornal Diário do Pará, publicou
    sds
    valdemiro
    WikiLeaks Valdemiro@interconect.com.br
    WikiLeaks é uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é trazer para a mídia informações importantes, desconhecidas do público. O material é de cunho ético, político e histórico, por pessoas anônimas. Seu objetivo é revelar injustiças reprimidas e/ou censuradas. Wiki-wiki, palavra havaiana, significa “muito rápido”. É um banco de dados de páginas que os visitantes podem aditar ao vivo, dos quais a Wikipédia, a biblioteca livre, é um exemplo. O modelo de produção, chamado de crowdsoucing, utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet. São pessoas em seu dia-a-dia, que usam seus momentos ociosos para ajudar o desenvolvimento de uma nova e melhor sociedade. É a sonhada união global ameaçando o clube do poder.
    Julian Assenge, australiano de 39 anos, que não usava cartão de crédito, que trocava de telefone várias vezes ao dia, procurado por várias policias, entregou-se esta semana. Jornalista, obrigado a viver até seus quatorzes anos como um nômade, aos dezesseis já tinha seu portal. Aos dezoito anos teve que recorrer à Justiça para defender a guarda de um filho. Em 2006 criou o Wikileaks. Era caçado não por causa do conteúdo dos mais de 250.000 documentos diplomáticos que seu site expôs e sim por causa do rotulo de estuprador. Estupro é definido pelo dicionário Michaelis como “o coito sem consentimento da mulher e efetuado com emprego da força”. O que é noticiado é o não uso da camisinha, talvez por esquecimento ou algum pileque quando de alguma festinha.
    O WikiLeaks desnudou a diplomacia da mais importante das nações. O hacker Assenge substitui Bin Laden na nova guerra. O novo campo de batalha passou a ser a web. Assenge é a figura mais emblemática do momento, que a revista Time já considera como personalidade do ano. Organismos internacionais o apontam ao prêmio Nobel e milhões o classificam de herói.
    Privacidade, imunidade, documentos confidenciais, privilégio e, especialmente, a palavra sigilo, serão repensadas, redefinidas. A imunidade vai deixar de ser abrigo para evitar responsabilidade, o documento confidencial como caixa preta da corrupção, o privilégio como proteção às violações da lei. É hora de oxigenar a velha e boa democracia.
    Como será a sociedade do futuro, a sociedade digital? Considerando que mais e mais as fronteiras serão virtuais, o anonimato, proibido pela Constituição brasileira, terá que ser rediscutido. Identificação digital obrigatória no futuro? Internet monitorada? E a proteção de identidade na imprensa, como ficará? Nome ou número identificando o ser humano global, digital? Dá para bloquear a informação sem provocar revolta, conflito, revolução? O grupo Anonymous começou uma nova cruzada. O campo de batalha é a web. A MasterCard sofreu o primeiro ataque, dito como uma pequena demonstração do poder de fogo. O sangue que será derramado será diferente. Muitos $$$$.
    O que o Estado deve fazer? Chamar os hackers (não confundir com crackers) da mesma forma que o fez, há cinco séculos, quando usou os corsários (não confundir com os piratas) e negociar a paz. Para que seja verdadeira e duradoura.

  23. Como revisor, não pude deixar de notar que volta e meia aparecem erros de digitação por aqui. Imagino que só podem se dever à pressa extrema de divulgar as informações e análises da WikiLeaks, algo perdoável mas corrigível.

    Bola pra frente!

    • Oi @publicano,
      Estamos cientes deste problema, e tentando bastante resolvê-lo. Mas já que você é revisor, será que não topa dar uma mãozinha? Sempre que vir algum errinho, vc avisa para nós? Basta colocar como comentário, que nós mudamos o texto original…
      Agradeço!
      Natalia Viana

  24. Plantados no Chão pela Conrad Editora, vou ler…

  25. Diego Álvares

    Oi Natália, te mandei em um post anterior:


    “Entendo a necessidade de discreção e a desconfiança mas o que poderíamos fazer para ajudar? É frustrante ver todo este processo, no qual me identifico bastante, e não poder participar mais diretamente.”

    Pensei em ir traduzindo para o português os textos que o El Pais e outros jornais vão liberando e, de alguma maneira, ir te passando… Você acha que isso iria te ajudar?

    Abraço e bom trabalho, Diego

  26. Ué, Flávio, como todo blog do wordpress.com, basta acrescentar a palavra “feed” no final da URL:

    feed://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/feed/

  27. Presumo que será feita a publicação daquilo que já saiu no passado.
    Precisamos ter os telegramas traduzidos e publicados aqui.
    Com as Tags necessárias para pesquisa. Melhor começar agora antes que acumule muito.

  28. Flávio Nóbrega

    Natalia, eu gostaria de usar RSS feed! Pode oferecer no worpress ou deixa mais vulnerável?

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