WikiLeaks ou WikiLeaks Brasil?

Este post é pra esclarecer, mais uma vez, que o site de nome WikiLeaks Brasil, que ontem vazou o inquérito da Operação Satiagraha, não tem nenhuma relação com o WikiLeaks de Julian Assange, comigo, ou com a Carta Capital.

Os documentos foram postados no site por critérios do grupo de pessoas – anônimas – que o tocam e jamais foram checados ou revistados por mim ou pela equipe do WikiLeaks oficial.

Além disso, o grupo do WikiLeaks Brasil não tem nenhum contato com Julian Assange e sua equipe, embora usem o nome da organização com a qual colaboro.

15 Respostas para “WikiLeaks ou WikiLeaks Brasil?

  1. Rogério Madureira

    Natália,

    O PHA escreveu um artigo parte coerente, parte sem sentido sobre o Wikileaks.

    A parte que faz todo o sentido é a que O Globo e a Folha boicotaram o Wikileaks (e o que mais se poderia esperar do PIG?).

    A parte confusa é (pricipalmente) a final:
    “O Conversa Afiada não tem medo do Daniel Dantas. Tem medo do Assange. Em nome das mulheres navegantes que visitam esse ansioso blog. (Em tempo: o Conversa Afiada compartilha de muitas das apreensões que o inglês The Guardian e o americano New York Times passaram a ter, depois que receberam o primeiro material do Assange.)”

    Quando ele diz que:

    “O WikiLeaks do Brasil – sabe-se lá o que vem a ser isso – divulgou documentos da Operação Satiagraha. (…) Para o Conversa Afiada, a origem da informação na internet é irrelevante. Poderia ser o zédascouves.com.br. Desde que as informações fossem verdadeiras. Como são.”

    Creio que ele “força a amizade”, fazendo pouco da fonte e tentando valorizar o conteúdo. Obviamente, um vazamento do Wikileaks tem muito mais notoriedade, pois, a organização tem uma história por trás.

    Não quero, pelo amor de deus, desvalorizar o mérito dos vazamentos brasileiros; como já disse, são inéditos e valiosíssimos.

    E talvez, quem sabe, há realmente descontentes aqui no Brasil que resolveram fazer pelo o Wikileaks o que ele talvez devesse ter feito desde o início.

    Aliás, não entendo isso: por que diabos o Wikileaks foi escolher logo o PIG para divulgar seus vazamentos. Eu disse divulgar? queria dizer “distorcer” ou “boicotar”.

    Mas, agora, que o Wikileaks já sabe que foi boicotado, será que não vai tomar providência nenhma, tal como, mudar de veículo?

    Você sabe algo sobre isso, Natália?

    A propósito, o artigo do Conversa Afiada: http://bit.ly/eU6i68

    • Caro Rogério,

      Não me consta que o Globo nem a Folha tenham boicotado o WikiLeaks.

      Obrigada pelo comentário!

      Abraço,

      Natalia

      • Rogério Madureira

        Então você não leu o artigo do PHA no Conversa Afiada, ele exemplifica bem:

        “No Brasil, as revelações do WikiLeaks foram monopólio do PiG (*).

        Só a Folha (**) e o Globo tiveram acesso às primeiras informações.

        (Embora, o William Bonner tenha tentado desqualificar o que chamou de “uaiquiliques”, depois que Johnbim entrou na roda.)

        A Folha, por exemplo, escondeu que o serrista Nelson Johnbim tinha ido ao embaixador americano para

        1)apoiar a crítica do embaixador à política externa do país a que servia – ou seja, desempenhou papel que lá em Marechal se chama de traíra;

        2)falou mal de um colega de ministério, o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que vai entrar para a História do Brasil numa página mais edificante que a dele.;

        3)revelou um segredo que o presidente Nunca Dante lhe tinha contado: que Evo Morales, presidente da Bolívia, tinha um tumor na cabeça.

        Isso, a Folha escondeu.

        A Folha, dessa forma, fraudou o WikiLeaks.

        Ou seja, para este Conversa Afiada, o WikiLeaks no Brasil é um Viagra vendido na Feira de São Joaquim, em Salvador.

        A entrevista que os jornalistas brasileiros fizeram com o Assange foi tão útil quanto entrevista o Fernando Henrique Cardoso.

        Assange no Brasil é um problema.

        Como é para a Justiça da Suécia, onde seu líder é acusado de assédio sexual.”

      • Oi Rogério,

        Li o texto, mas não acho que o fato da Folha e Globo terem dado a sua visão e a sua versão para os documentos sobre Nelson Jobim qualifica “boicote ao WikiLeaks”. Os veículos têm direito de escrever o que quiserem, assim como o próprio Conversa Afiada, que aceitou ser parceiro na nova fase de divulgação dos documentos do WikiLeaks mesmo tendo suas críticas, como está claro no texto.

        Um abraço,

        Natalia Viana

    • Rogério Madureira

      Já entendi tudo, obrigado pelo espaço.

  2. Rogério Madureira

    O conteúdo do vazamento é inédito, fantástico. Dá pra ver quem é quem por trś dos panos. Quando que isso aconteceu assim no Brasil?

  3. Rogério Madureira

    Discordo, carlos. Se esse pessoal quer fazer algo sério, que busquem um outro nome. Fazer-se passar por algo que não é não ajuda em nada em passar confiança às pessoas que já vêem esse assunto com muita suspeição.

  4. Carlos Machado de Sousa

    O correto, no meu ver, seria eles utilizarem um nome diferente, mas que remetesse à proposta do Wikileaks. Igual foi feito pelo Openleaks.

  5. Rogério Madureira

    Natalia, isso é muito ruim, muito ruim mesmo. Restam pouquíssimas dúvidas que esse grupo é do mal e está usando o nome Wikileaks só para confundir o público. Inclusive, o vazamento dos arquivos pode não passar de uma cortina de fumaça para ganhar credibilidade e divulgação.

    Haja visto toda sujeira e imundíce dessas últimas eleições, que até agora, passaram impunimente como se nem tivesse havido, não duvido nada que a direita xiita esteja por trás disso.

    Não culpo as pessoas de quererem agir anônimas no Brasil, devido à perseguição que fartamente vemos acontecer no Brasil. Porém, se as intenções desse grupo fossem boas, por que usar o nome Wikileaks? E, se querem usar o nome, por que não trabalhar em cooperação com o Wikileaks original?

    A propósito, embora o PHA tenha publicado o seu e-mail esclarecendo o problema, em um post às 7h30 de 9/1/20011, e um post posterior, às 9h01 do mesmo dia, ele volta a fazer duas chamadas sem o cuidado de qualquer ressalva, veja:

    http://bit.ly/gpaU3W

    Clique aqui para ler “WikiLeaks vaza Satiagraha e pega advogado de Dantas (Mirza) com a mão na botija”.

    Clique aqui para ler “Wikileaks sobre a Satiagraha incenta Dilma: ela sabia onde estava a “sacanagem”.

    • Mostre os “indícios” que lhe faz concluir isso Rogério, no mais deixe os caras quietos, se forem enganadores irão cair.

      • Rogério Madureira

        Felipe, todo esse jogo resume-se puramente à política. E a todo tempo, joga-se com a opinião pública. Para que as “forças democráticas” saiam vencedoras, é indispensável ganhar a opinião pública. Os principais instrumentos para se fazer isso são confiança e credibilidade. Qualquer um que trabalha com comunicação (jornalistas, profissionais de marketing ou vendas) sabe disso. Agora eu pergunto, que tipo de mensagem passa um grupo que se dá a entender que é filiado a um outro grupo, mas, que não tem nada a ver com ele ou com os procedimentos deste grupo? Minha percepão é de que, se essas pessoas do Wikileaks Brasil forem sérias, são amadores e não entendem nada do que realmente se trata esse jogo. O problema de deixar “os enganadores cairem” é que o futuro da democracia no Brasil está em jogo, só isso…

      • Não precisa ser formado em nada para saber que credibilidade e confiança são necessárias para se atingir objetivos, mas o próprio grupo WikiLeaks Brasil deixa bem claro que não tem nenhuma ligação com o WikiLeaks.org e Assange. De resto é opinião pessoal sua, não me cabe avaliar.

      • Rogério Madureira

        Se eles quisessem deixar “bem claro que não tem nenhuma ligação com o WikiLeaks.org e Assange”, teriam escolhido um nome diferente. Pare e pense, por que eles escolheram logo esse nome?

      • Rogério, você está com uma sanha muito grande pelo fato do projeto em questão usar a palavra ‘WikiLeaks’, acho que nem há registros sobre nome e logo, justamente para que isso ocorra (alguém por favor me corrija caso esteja errado), eles compartilham do mesmo ideal que o projeto original, e até o momento não lembro de ter lido sobre o idealizador do mesmo ter questionado isso, creio que ele tenha incentivado que isso fosse feito, fosse expandido, mais ações fossem tramadas, o que importa é com que intenção está sendo feito, e até o momento não vejo nada que manche o nome do WikiLeaks ou a eles que compartilham desse nome.

  6. Acessei o site Wikileaks Brasil, curioso para conhecer detalhes dos inquéritos da PF sobre a Operação Satiagraha. Embora, como você diz, os site não tenha vinculação com o de Julian Assange, percebo os mesmo propósitos mas destinado as situações internas ao país. Particularmente, não vejo problema nisso se não começarem uma pendenga jurídica pelas idéias e formatos originais o que, sem dúvida, seria ruim para o público internauta.

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