Apple se junta a empresas que boicotam WikiLeaks

A Apple se juntou às empresas que boicotam o WikiLeaks na internet ao retirar ontem da sua loja online o aplicativo que dava aos usuários acesso ao site do WikiLeaks e ao seu perfil no Twitter.

O comunicado publicado hoje pela Apple diz o seguinte: “Removemos o aplicativo do WikiLeaks de nossa Apple Store porque ele viola nossas normas para desenvolvedores. Os aplicativos devem cumprir leis locais e não podem colocar indivíduos ou um grupo em perigo”.

Leia matéria completa aqui.

15 Respostas para “Apple se junta a empresas que boicotam WikiLeaks

  1. A Apple parece que conhece o governo que tem qdo diz que o Wikileaks coloca um indivíduo ou um grupo em perigo. Muito estranho essa resposta da Apple.

  2. Luiz Julio Bertin

    Concordo plenamente que se deva boicotar todos os que são contra a liberdade de informações, de pensamento e de imprensa.
    Sou muito exigente, seletivo e crítico. Da minha parte, coleciono inúmeras fontes de informações e órgãos da imprensa que falseiam com a verdade, excluindo-as ou manipulando-as a seu bel prazer e me previno conta eles, eliminando-os como fontes confiáveis. Entretanto, servem-me de parâmetro para que a verdade seja indentificada.

  3. Apple: Onde está a democracia e a liberdade da mídia. Nota-se uma conjunção de argumentos para justificar o injustificavel.

  4. Patrick Sampaio

    Felix, se você realmente acredita que não há do que, nem de quem proteger as fontes, não há como continuar lendo seu comentário levando-o a sério. Além disso, acho lamentável, e até leviano, que você insinue que as fontes fornecem as informações às custas de dinheiro e benefícios escusos. E não por que isso é impossível, e sim porque você simplesmente não sabe. Está chutando. O que está sendo feito pelo Assange é algo que, no mínimo, teve grande eco e identificação na população global. Isso já é relevante por si. Cuidado com as palavras negligentes. Infelizmente, mesmo elas tem poder.

  5. José Falcão

    Amigas Zenn e Norma.
    Permita-me fazer uma correção. O poder não está em nossas mãos. Está nas mãos do capital financeiro, mas os povos do mundo podem tirá-lo das mãos desses senhores. Exemplo do que falo ocorreu com o boicote que o site Wikileaks e Assange sofreu. Em seguida o Bank of America se pronunciou, pois já se sentia ameaçado por alguma divulgação de informações que poderia acontecer. Viu? O poder está nas mãos dos que controlam a movimentação das riquezas. É claro que a divulgação dos documentos causou muito prejuízo econômico (principalmente), mas também causou um temor na segurança de muitos empregos dependentes desse capital financeiro e aos patrões que promovem esses empregos. Quero afirmar uma coisa: não tenho vínculo ideológico com partido político nenhum, e vou defender a minha liberdade contra qualquer um que quiser me subjugar. Quanto a falta de moral daqueles que passam informações sub-repticiamente, o que posso falar daqueles que acobertam e proporcionam sub-repticiamente matanças sanguinárias de forma despropositadas contra civis inocentes? Se em minha consciência eu julgo que esconder algo monstruoso, desumano e criminoso é um ato magnânimo, fechando os olhos para algo terrível, então está provado que certas sociedades tornaram-se local de vida a seres extremamente egoístas e verdadeiros psicopatas. Afinal, o que é mais grave: revelar os crimes cometidos, ou cometer os crimes? Por último, quem é contrário a divulgação dos documentos, que vá tirar umas férias com a família em algum suburbio de Bagda, e como passatempo, que fique olhando os soldados nos helicópteros Apache treinando a mira de seus canhões de 70mm e suas metralhadoras. “Com certeza irá gostar muito.”

    • SILÊNCIO É DE OURO?…

      O silêncio é de ouro, ouro para quem?
      Em tempos em que se promove a cegueira e a ignorância,
      em que se ocultam as verdades sobre atrocidades cometidas,
      sem pudor e sem medidas, eu volto a perguntar:
      – O silêncio é de ouro, ouro para quem?

      Quem tem contato com a Verdade
      não pode se dar ao luxo de calar!
      Quem tem dignidade e Amor dentro do peito,
      e respeito à Humanidade sempre compartilhará
      a Verdade!

      ZENN BELL
      SS 09.12.2010

      Pela Liberdade de imprensa e em apoio à Julian Paul Assange e ao trabalho do WikiLeaks!

      http://zennbell.blogspot.com/2010/12/silencio-e-de-ouro.html

  6. Luiz Henrique

    Discordo totalmente do Felix Jarreth. Expor os informantes seria a mesma coisa que acontece aqui no Brasil: os que executam o assassinato estão na cadeia, os mandantes (os ricos) estão soltos. Os culpados são os governos e seus funcionários, não os informantes. Os grandes culpados são os empresários e políticos corruptos, não os eleitores que votam acreditando na propaganda.

  7. Reflexões sobre o WikiLeaks.

    Após ler, completa e detalhadamente, um pouco mais de 200 telegramas, reparei nesta semana que muitos dos documentos que estão sendo divulgados vêm editados.

    Isto é, nomes de informantes, ou de membros de governos que repassam informações aos diplomatas foram substituídos por “XXXXX”. Os códigos de destino, e para copiados, foram também eliminados.

    Em suma, os textos dos telegramas atuais, comparados com os anteriores, (duas e três semanas atrás), revelam claramente que receberam uma boa dose de limpeza; inclusive na redação; em alguns deles percebe-se claramente que palavras ou frases inteiras foram apagadas.

    Dito isto, se o propósito do WikiLeaks era escancarar as informações diplomáticas, parece ser bastante contraditório que dê uma de censor ou de revisor no seu próprio quintal… e se contradiga a bem de proteger, (sabe-se lá de quê, ou em troca do quê), quem repassa essas informações aos americanos… Informações essas provavelmente fornecidas a câmbio de dinheiro ou benefícios… pois tais criaturas outra coisa não são, senão indivíduos amorais, sem decência; sobretudo, sem patriotismo. Conhecer os nomes seria muito importante; mais até que o assunto tratado.

    Os nomes deveriam e precisariam ser revelados no mesmo patamar em que o WikiLeaks expõe as informações confidenciais americanas.

    Se o Wikileaks apaga os nomes dos informantes, também deveria esconder os documentos e não revelá-los. Ou revela tudo ou não revela nada. O que não pode é dar uma de censor, de paladino hipócrita da proteção individual de traidores dos seus países e pôr a descoberto o nome de diplomatas, cuja obrigação inerente aos cargos que ocupam é a de informar e ajudar os seus países em tudo que for necessário. Por isso são diplomatas.

    A persistir essa censura, o wikiLeaks perde sentido. Coloca o leitor diante de dois pesos e duas medidas… e permite a abertura de vários questionamentos, ente eles, estes:

    – Se os nomes dos informantes, palavras e pedaços de parágrafos são apagados, que outras informações mais também são?

    – O que passou a ser divulgado esta semana (e talvez nos próximos meses), tornou-se apenas um monte de palavras para alimentar o gosto humano pela fofoca?; e o dos jornais para preencher espaço?

    Por outro lado, o argumento propalado pela imprensa de que os documentos estão espalhados por várias agências e são elas as encarregadas da divulgação, parece ser ainda mais contraditório que a própria censura dos nomes dos informantes, pelo fato de existir uma cabeça à frente da revelação dos documentos, o sr Julian Assange.

    Que um jornalista guarde em segredo o nome das suas fontes, é um ato nobre e justo. Porém, se um jornalista se dispões a revelar um documento, supostamente por inteiro, no qual constam nomes comprometedores, e ele próprio os censura, estaremos diante de um mau jornalista que usa o documento à laia de chapéu da notícia.

    Será que deverei me arrepender pelos US$ 1.000 que doei para a fiança do fundador do Wikileaks?

    O que parecia ser ao princípio um ato realmente corajoso, está se convertendo numa pantomima?

    A palavra de ordem colocada no site do Wikileaks diz: – “A coragem é contagiosa”. – Será mesmo?

    Félix Jarreth

    • Oi Félix,

      Um esclarecimento: o WikiLeaks retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação. É um princípio da organização não colocar em risco a vida de pessoas. Por isso, todas as informações que possibilitaram a identificação dessas fontes – como, por exeemplo,”fulano trabalha na divisão X da organização Y” – também são retiradas.

      • Oi Natália,

        Obrigado pela resposta.

        Nos primeiros 100 ou 150 documentos que li, referente a vários países não vi nenhum corte. Possuo alguma familiaridade com esses textos. Por isso apoiei e aplaudi o WikiLeaks; até contribui para a fiança do Julian. Sou a favor da liberdade de informação; da divulgação pura, aberta e simples, seja de que natureza for, ou envolva quem quer que seja.

        Os governos, na minha opinião, deveriam ser abertos e as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, também.

        Entretanto, levando em conta o que você me respondeu, o meu questionamento anterior adquire maior pertinência. Se a “organização”, como você se refere ao Wikileaks, – “retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação”, – igual cuidado não evidencia em relação aos diplomatas ou membros de governos envolvidos que lutam e defendem os interesses dos seus países…. do mesmo modo, apenas para simplificar, como você ou eu defenderíamos os interesses das nossas famílias.

        Esconder os nomes dos informantes é a contradição plasmada na soleira da prepotência… e põe para questionamento, inclusive, as palavras de Julian Assange que você recém acaba de publicar: – “O objetivo de revelar informações sobre pessoas poderosas é cobrar responsabilidade deles”.

        Muito bem. Aplaudo a afirmativa. Porém, você fez-me ver que a realidade é outra, não é mesmo? Novamente dois pesos e duas medidas.

        Dá até para imaginar nas asas da suspeita o que o WikiLeaks poderá fazer, ou lucrar, com o nome dos informantes que guarda só para si.

        A sua resposta, – para meu estarrecimento, – fez-me ver que o Wikileaks usa dois pesos esdrúxulos e duas medidas deturpadas. Arvora-se em censor de documentos que recebeu ilicitamente e sem censura e neles aplica a censura que quer combater.

        Se revela uma parte, obrigatoriamente precisaria revelar a outra; assim manda a lógica.

        O Wikileaks protege traidores, gente amoral que vende ou repassa, sub-repticiamente, informações importantes a câmbio de algum proveito… e deles, o wikileaks nada lhes cobra? Sei! Eu ainda acredito em papai Noel.

        Isso faz-me lembrar um empresário aí no Brasil que tem meia-dúzia de senadores no bolso, além de uma vintena de deputados. Como sou muito amigo dele, um dia perguntei-lhe quem era mais corrupto, se ele ou os políticos a quem pagava. Ele me respondeu que os verdadeiros corruptos eram os eleitores. Tive de dar-lhe razão.

        Assim, o wikileaks do alto da sua “egrégia responsabilidade”, expõe, sem peias, profissionais tão corretos ou devotados aos seus países, quanto você ou eu, cujo propósito é o de informar e o de trabalhar pelo bem e pelo crescimento desses países…

        Se um sujeito trai o seu país, o wikileaks o protege; porém, se trabalha em prol do seu país, é revelado, execrado, exposto ao escárnio público… certo?

        Onde está aí a liberdade de informação?

        Fico contente por ter descoberto os paradigmas “Wikileakenses”, ou “wikileákios”…

        Os documentos diplomáticos que a “organização” está revelando só mencionam pessoas. Pessoas fazem e constroem países. Nos documentos não há figuras abstratas ou genéricas. Portanto, perdoe que lhe diga assim, sem botar lacinhos amarelos nos seus caracóis, é muita prepotência do wikileaks dar uma de “juiz” e “algoz”ao mesmo tempo.

        Quem é o Wikileaks para decidir quem “vive” ou “morre”? ou quem é arruinado ou enaltecido? Quantos diplomatas já tiveram de ser transferidos pelo constrangimento que enfrentaram após a publicação dos telegramas?

        O WikiLeaks anuncia que revela informações para mostrar os meandros dos bastidores diplomáticos, mas só expõe uma parte dos personagens? Os verdadeiros mentores que proporcionam as sinuosidades são escondidos?

        Como diz o meu amigo empresário, a culpa de tanta corrupção no Brasil não pertence aos corruptores nem aos que se vendem. Pertence àqueles que escolhem, entre os seus iguais, quem irá se vender.

        Desconhecida Natália, você me fez arrepender de ter dado US$ 1.000 para ajudar a libertar um hipócrita. Dou-me conta agora que o wikiLeaks não pretende proteger num traidor ou vendilhão. Apenas quer, como se diz aí no Brasil, “chutar o pau da barraca” e ver o que pode lucrar e onde pode lucrar. O altruísmo que se dane. A informação completa e livre é uma falácia.

        No frigir dos ovos não há diferença alguma entre os atos do Wikileaks e os atos dos americanos que tanto a “organização” quer expor ao opróbrio.

        Nestas últimas semanas vinha-me dedicando a publicar e a comentar no meu blog os documentos referentes somente ao Brasil. Não o farei mais. Não há equanimidade nas revelações e sim uma miríade de interesses e opções que se revelam demasiado confusas para que perca tempo em decifrá-las.

        Foi muito bom teclar com você.

        Félix Jarreth.

    • Interessante os comentários de Félix Jarreth. Com verniz democrática defende o atraso.
      É uma tentativa de desacreditar o Wikileaks sem parecer conservador, e no entanto, o é.

    • Achei o comentário bem interessante, mas lendo o blog do Jarreth e os comentários mesquinhos anti-PT me decepcionaram. Acho que desaprendi o inglês porque não conseguia ver os problemas que ele via nos telegramas relacionados ao PT… Cada um vê chifre onde lhe interessa. Mas fora isso, concordo em parte com ele. Na real, acredito que os governos não-estadunidense foram os mais expostos.

    • Felix, seu comentário é imensamente infeliz!

      1- É príncipio do Jornalismo proteger as fontes, isto é sagrado, informe-se melhor, antes de fazer comentários hostis e sem fundamento!

      2- Em uma verdadeira Democracia não se outrorga o direito aos governantes de tomarem decisões em secretas em nome dos cidadãos.

      3- Democracia presssupõe transparência. Todo este acúmulo de segredos é uma afronta ao legítimo direito que de todo cidadão tem de saber como está sendo decidido seu próprio destino.

      Quem em sã consciência iria aceitar que se tome decisões que decidem seu próprio destino, em segredo?

      Quem é avêsso à verdade muito oculta em seu avêsso. – Zenn Bell

      E, sim, nós podemos tirar o poder da grandes empresas deixando de consumir, o que significa deixar de colaborar com seu fortalecimento econômico, e deixando assim, bem claro o quanto não consentimos com sua atitudes não éticas. O povo tem este poder e legítimo direito de exercer este poder, para tanto precisa estar bem informado.

      É através da conscientização, da informação, que podemos mudar as situações de abuso e exploração.

      Por isto lutam tanto para impor silêncio. Sabem que não há como combater a expansão da consciência.

      Existe preparação para o ataque direto, para a contestação violenta. Mas não para a conscientização. E é a tomada de consciência que possibilitará a mudança para melhor do ser humano, suas relações pessoais, das sociedades e das relações com o mundo.

      E, quanto a denunciar crimes de guerra, é um direito e um dever de honra, para com a Humaidade. Requer lúcidez e coragem! Quem tem que ser punido não é quem denúncia os crimes e sim quem os comete.

      A janela é inocente da paisagem que revela.

      “O homem tem o direito de negar lealdade e de oferecer resitência ao governo sempre que se tornem grandes e insuportáveis sua tirania e ineficiência.” – Thoreau

      Enfim, Felix, passe um pouco do seu tempo em companhia de bons livros e sua capacidade de discernimento ficará mais apurada.

      Thoreau é um bom começo.

  8. Sua atitude revela seu carater.
    Consumir é consentir. Aceitar informação sem investigação é consentir. Existe preparação para o ataque direto, a contestação violenta. Mas não para a conscientização. E é a consciência que, efetivamente e a partir de dentro, possibilitará a mudança para melhor do ser humano, suas relações pessoais, das sociedades e das relações com o mundo.
    As fortalezas dominantes são falsas e frágeis, fácil de desmascarar (desde que haja interesse real) com simples, leves e pacíficos golpes de consciência. Apesar do seu aspecto indestrutível e ameaçador, as fortalezas tendem a desmoronar, quando lhe retiramos o consentimento e a colaboração.É neles que a relação de superioridade/inferioridade se sustenta.
    Se a Apple boicota o WikiLeaks, não vamos consumir quem dificulta a divulgação de Verdade. É simples. O poder esta nas mãos de quem consome, e não nas mãos de quem produz!

    • Zenn, é exatamente isso aí. Eu não só não comprarei nada deles como sempre que estiver no stand deles, onde for, vou fazer o comentário para quem estiver por perto…
      Não vou contribuir para atitudes “não confessáveis” de empresários.

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